Nesta sexta-feira (10), Vereadores e assessores reuniram-se com a gerente de Vigilância em Saúde, Vivian Custódio, e o veterinário da Zoonoses, Rogério Garros, para discutir como a Câmara Municipal e cada Vereador pode contribuir para amplificar as ações de combate à dengue em Mogi Mirim.
No encontro, os representantes da Saúde destacaram o trabalho rotineiro desenvolvido pelo Município nos últimos anos para combater a doença e o Aedes aegypt, mosquito que transmite o vírus da dengue.
Conforme eles explicaram, a dengue é uma doença vetorial, isto é, ela não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra (como a gripe), mas sim através da picada do mosquito infectado, por isso o combate ao vetor (o mosquito) é tão importante.
Entre outros pontos, os presentes discutiram o trabalho dos agentes comunitários de saúde que visitam as residências e as dificuldades nos casos de imóveis vazios ou quando o morador tem receio de abrir a porta, devido à criminalidade. Eles também conversaram sobre a importância da conscientização de todos para manter o quintal sem recipientes que possam acumular água parada, e não descartar irregularmente lixo nas vias públicas e terrenos.
Além disso, os participantes defenderam a necessidade do Poder Público dar o exemplo e manter em ordem seus espaços, e como os parlamentares podem aperfeiçoar a legislação e a fiscalização das ações já implementadas pela Prefeitura, para tornar o combate à dengue mais eficiente.
Notificação dos casos e nebulização
De acordo com Vivian Custódio e Rogério Garros, desde o início de 2024 até hoje, o Município contabilizou cerca de 5.900 casos, quatro óbitos provocados por dengue, e as áreas mais afetadas são a Zona Leste e Zona Norte.
Eles frisaram a importância da notificação dos casos, pois quando uma pessoa doente procura atendimento médico é possível realizar uma nebulização costal no endereço da vítima e nas proximidades. Essa nebulização aplica o inseticida de uma forma mais localizada e efetiva, evitando a propagação da doença.
Os representantes da Saúde explicaram que existe também a nebulização veicular, antigamente conhecida como "fumacê", para áreas com muitas notificações. Mas esta forma necessita de autorização do governo estadual, utiliza mais inseticida, precisa de maiores cuidados, para evitar transtornos para pessoas com problemas respiratórios, e sua ação não é duradoura, pois não atinge a fase larval do mosquito. Além disso, para essa nebulização, o Município, em geral, depende de fornecimento do inseticida pelo Ministério da Saúde, um processo mais lento – há apenas um fabricante do inseticida utilizado, o Cielo, no Brasil.
Compareceram à reunião o Presidente da Câmara, Cristiano Gaioto (PDT), e os Vereadores Ademir Junior (Republicanos), Cinoê Duzo (PP), Daniella Campos (PP), Ernani Gragnanello (PT), Everton Bombarda (PDT), Luiz Saviano (Cidadania), Mara Choquetta (PDT), Marcos Antonio Franco (União Brasil), Sargento Coran (PP) e Wilians Mendes (PDT).