Na quinta-feira, dia 28 de setembro, uma palestra do neuropediatra Dr. Renato Sardinha Mantovani teve como tema "Os desafios do autismo: do diagnóstico ao tratamento". O evento foi uma iniciativa da vereadora Joelma Franco da Cunha (PTB).
Estiveram presentes os vereadores Dra. Lúcia Maria Tenório, Vice-Presidente da Câmara, Ademir Souza Floretti Junior, Geraldo Vicente Bertanha, João Victor Gasparini, Luzia Cristina Cortes Nogueira e Orivaldo Aparecido Magalhães, assim como, a assessoria parlamentar do vereador Alexandre Cintra.
Também compareceram representantes da secretaria municipal de Educação de Mogi Mirim e de Engenheiro Coelho, da Associação Fonte Viva, das APAEs de Mogi Mirim e Mogi Guaçu. Assim como representantes da Equoterapia Rancho L.U.S. de Estiva Gerbi, da Equoterapia Passos de Anjo, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, da Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Cantinho das Crianças, do Grupo Mães Sem Apoio e da Comunidade Bahá'í. Além de mães, pais e municípes interessados no tema.
Confira abaixo alguns pontos da palestra.
"Os desafios do autismo: do diagnóstico ao tratamento"
Inicialmente, o Dr. Renato Sardinha Mantovani explicou que o aumento dos casos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) está ligado às seguintes causas: maior acesso ao diagnóstico; critérios diagnósticos mais amplos; melhor instrução dos profissionais (tais como professores, pediatras, fonoaudiólogos e psicólogos); e o aumento da idade dos pais, que se reflete num aumento do risco de modificações genéticas nos filhos.
O neuropediatra também contou a história do TEA, o significado do termo "autismo" (com origem no grego autós, que significa "de si mesmo") e sua primeira utilização médica pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler, em 1911. Além disso, Renato explicou a diferença entre uma doença e um transtorno, para os profissionais de saúde.
Ao longo de sua exposição sobre a questão do diagnóstico de TEA, Mantovani falou sobre as especificidades dessas pessoas com relação à interação social (por exemplo, dificuldade em fazer amizades) e ao estabelecer conversas; assim como o compartilhamento reduzido de afeto, emoções e interesses. Além disso, o médico frisou que os níveis dessas e outras especificidades pode variar de um caso para outro.
Depois da explicação sobre o dianóstico, o neuropediatra falou sobre o tratamento das pessoas com TEA. De acordo com Mantovani, o tratamento deve ser individualizado e considerar os déficits específicos da pessoa e as características do TEA. Ademais, o tratamento precisa ser integrado, isto é, contar com a visão em equipe dos profissionais que atendem. Sobre esse ponto, ele explicou que precisa haver uma boa comunicação entre os profissionais que atendem a pessoa. O tratamento também deve ser baseado em evidência científica, ressaltou o Dr. Renato Sardinha Mantovani.
Depois de sua exposição, o especialista respondeu a dúvidas do público presente.