Realizada na noite de quinta-feira, dia 7 de abril, a Audiência Pública sobre a criação de um Posto de Coleta de Leite Materno em Mogi Mirim avançou em questões importantes sobre o tema, objeto do Projeto de Lei nº 137/2021, de autoria dos vereadores Ademir Junior (Republicanos) e Lúcia Ferreira Tenório (Cidadania).
Participantes
Além dos autores do projeto, participaram os vereadores Dirceu Paulino, Mara Choquetta, João Victor Gasparini, além de Carlos Felício, representando a vereadora Luiza Cristina Nogueira e Nelson Victal do Prado, representando o vereador Marcos Antônio Franco.
Também estiveram presentes a secretária municipal de Saúde, Clara Alice Franco de Almeida Carvalho, a nutricionista Renata Del Santo, especialista em aleitamento infantil e nutricionista do AME de Mogi Guaçu, e Letícia Silva, funcionária da secretaria municipal de Assistência Social.
Essencial
A nutricionista Renata Del Santo começou a reunião explicando que o leite materno é fundamental para os bebês e que nenhum substituto consegue atingir todos os benefícios para o desenvolvimento da criança. Ela também citou que o ideal é amamentar com leite materno por pelo menos 6 meses após o nascimento. “O próprio leite materno vai mudando as características conforme os meses vão passando exatamente para ser o mais adequado para o bebê”, destacou.
O Posto de coleta
De acordo com o vereador Ademir Junior, o posto de coleta de leite de Mogi Mirim precisaria de um espaço climatizado, equipamentos para armazenamento do leite, além de pelo menos 3 profissionais treinados (enfermeiros e técnicos). Esse espaço ficaria vinculado ao Banco de Leite de Itapira.
“Eu estou confiante de que conseguiremos implantar esse posto aqui em nossa cidade. O benefício seria imenso, inclusive reduzindo doenças porque os bebês estariam mais saudáveis”, acrescentou Lúcia Tenório, que é médica ginecologista.
Mais para frente
Após ouvir o pedido dos vereadores, a secretária Clara Alice explicou que a rede municipal de saúde está em situação bastante complicada quanto à aquisição de insumos, que segundo ela encareceram demais com a pandemia, e também quanto à contratação de mais profissionais capacitados. “Eu acho linda a ideia, mas hoje eu não consigo prometer porque não tenho gente para tocar esse projeto. Mas acho que temos que continuar conversando para encontrar alternativas de aumentar a quantidade de doadoras na nossa cidade. O que eu puder fazer nesse sentido, farei”, afirmou.
Os vereadores presentes também citaram a possibilidade de angariar recursos junto a deputados estaduais e federais ou mesmo com a iniciativa privada para custear esse projeto e colocá-lo em prática na cidade.
Agosto Dourado
Além da instituição do posto de coleta de leite materno, o Projeto de Lei também coloca a possibilidade de inclusão no calendário da saúde municipal o Agosto Dourado, dedicado à conscientização sobre a doação.
Redação e Fotos: Tom Oliveira