Os vereadores aprovaram por unanimidade, na 9ª Sessão Ordinária (03/04), o Projeto de Lei nº 5, de 2023. O projeto, que tem a autoria dos vereadores Mara Cristina Choquetta (PSB), Joelma Franco da Cunha (PTB) e Geraldo Vicente Bertanha (União Brasil), declara de utilidade pública a Associação Desportiva e Cultural Arte da Luta, entidade que tem como principal responsável o Vereador Marcio Evandro Ribeiro (Podemos).
De acordo com a justificativa ao PL, lida pela Vereadora Mara Choquetta, durante a 8 ª Sessão Ordinária, a Associação Desportiva e Cultural Arte da Luta é uma entidade mogimiriana sem fins lucrativos e completa dez anos neste ano de 2023. A entidade visa a formação da prática do boxe profissional, amador, ou para fins recreativos e também realiza cursos e eventos sobre a importância da prática esportiva para o desenvolvimento das pessoas e a inclusão social.
Nesses anos de atuação, a entidade já atendeu aproximadamente 800 jovens de diversos municípios da região. "Dentre esses jovens, destacaram-se os atletas Mateus da Silva – Campeão Intercontinental Júnior, pela WBC, e Campeão Brasileiro na categoria meio-pesado – e Pedro 'Magrelo' dos Santos – Campeão Sulamericano, pela WBC, e Campeão Brasileiro da categoria leve."
Atualmente, ainda de acordo com a justificativa, a entidade atende 32 jovens atletas, fornecendo financiamento, apoio psicológico, médico e nutricional. O projeto de lei tem como base a Lei Municipal nº 3.810/03 e agora segue para a sanção do Prefeito.
Inspiração
O Vereador Marcio Evandro Ribeiro contou que a inspiração para a entidade teve origem em um projeto criado anos atrás pelo pai dele, Aparecido Ribeiro. De acordo com o relato, quando Márcio e sua família mudaram-se para Mogi Mirim, nos anos 1980, eles construíram uma casa num bairro com pouca infraestrutura. Seu pai então teve a ideia de iniciar um projeto ligado ao futebol para oferecer aos jovens do local uma melhor perspectiva de vida: "[Ele] montou um time de futebol e esses jovens compareceram à primeira reunião. Nas reuniões semanais, de uma hora, trinta minutos meu pai falava sobre futebol e trinta minutos sobre a vida e que era possível. Eu lembro dele repetindo esta frase: 'Que existia vida após a ponte' e aquilo me marcou muito."
Muitos anos depois, Márcio conta que reencontrou um desses jovens e decidiu, então, criar o projeto Arte da Luta. "Eu não sabia futebol, mas eu sabia lutar", diz o vereador, acrescentando que também pretendia, através da associação, reunir jovens para treinar um esporte e para falar um pouco sobre a vida.